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Dados Econômicos

Nanuque: pólo socioeconômico e cultural da microrregião Vale do Mucuri – nordeste de Minas Gerais
Informações: OUVIDORIA MUNICIPAL
Como segunda maior cidade da Microrregião Vale do Mucuri, nordeste de Minas Gerais, e importante entroncamento rodoviário, Nanuque é uma cidade com aproximadamente 42 mil habitantes (censo IBGE – 2000). Destacado pólo de desenvolvimento, o Município tem forte vocação agropecuária, fato que despertou para a agroindústria e o desenvolvimento dos agronegócios em largas proporções. Paralelamente, a industrialização, o comércio e o setor de prestação de serviços apresentam índices de crescimento superiores à média de cidades da região.
Desde quando garantiu sua emancipação como Município, no final da década de 40, Nanuque mostrava-se convicto de sua vocação agropecuária. Essa certeza, apesar de caracterizar os seus futuros passos no desenvolvimento social e econômico, também trouxe dificuldades. A cidade, distante mais de 600 quilômetros da capital do Estado e incrustada numa região de pouquíssimos investimentos por parte das esferas federal e estadual, sempre esteve à margem dos programas oficiais. Hoje, transcorridos mais de 50 anos, uma ação mais efetiva dos governos federal e estadual, aliada ao esforço da iniciativa privada, pode alterar significativamente o quadro.
Nanuque se debruça sobre o passado como quem mergulha na origem de sua própria identidade, e quer revigorar a sua importância na região, como importante pólo de educação profissionalizante. E faz por merecer.
· Principais atividades econômicas
PECUÁRIA – Nanuque e a atividade pecuária têm formado uma parceria de décadas. O gado bovino sempre foi parte integrante da economia local. O rebanho bovino é de 150.000 cabeças (dentro da área territorial do Município) e já se utiliza a inseminação artificial há cerca de 30 anos. Na microrregião, as estimativas chegam a 1 milhão de cabeças. Criadores de várias raças (Nelore, Tabapuã, Simbrasil, Guzerá – as principais) são expoentes nacionais. No momento, introduzem-se novas técnicas de manejo de pastagens e fertilização, bem como mineralização do rebanho, visando maior taxa de desfrute.
Os anos se passaram, e a economia de Nanuque teve seu perfil modificação, mas sempre ligado ao setor que antes era classificado como “primário”, e que hoje agrega atividades ligadas à indústria e aos negócios empresariais.
Conta o Município com um frigorífico que tem capacidade de abate em torno de 600 reses por dia, este dotado de credenciamento para exportar carne para a União Européia, Oriente Médio e, recentemente, Estados Unidos e China. Uma nova saída para a atração de divisas e elevação do PIB de Nanuque e do País.
ÁLCOOL – Na década de 80, com o fim da atividade madeireira, que predominou durante os anos 50, 60 e 70 em Nanuque, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), inserido no rol de prioridades do governo federal, apareceu como a alternativa mais viável para não deixar que o Município e a região mergulhassem de vez no abismo das incertezas.
Instalaram-se várias usinas de produção de álcool combustível e, aos poucos, foram surgindo outras empresas que se integravam às já existentes. Isso permitiu que nossos vetores econômicos ganhassem uma configuração um pouco diferente, não apenas restrita à pecuária, mas incorporando um melhor aproveitamento da terra, na medida em que passava a desenvolver uma vigorosa cultura da cana-de-açucar, para abastecer as destilarias.
Em torno de Nanuque existem nada menos que oito destilarias de álcool: ALCANA, localizada na área territorial do Município; DASA, distante cerca de 15 Km, no vizinho município de Serra dos Aimorés; MEDASA, a 65Km (mun. de Medeiros Neto – BA); CRIDASA, A 40Km (mun. de Pedro Canário); DISA, a 100 Km (mun. de Conceição da Barra); ALBESA, A 105 km (mun. de Boa Esperança); além da reativação da DEGAL, a 50Km (mun. de Carlos Chagas/MG) e implantação de uma nova destilaria em Ibirapuã – IBIRÁLCOOL (BA), a 40Km de Nanuque.
Com o reaquecimento dos programas de incentivo à produção de álcool e readequação das montadoras de veículos a novas linhas de produção, incluindo o advento do motor “flex-fuel” (álcool e gasolina), as destilarias apresentam-se como novas fontes de oportunidade de emprego e geração de renda.
SOJA – O cultivo de soja vai, aos poucos, consolidando mais uma alternativa de aproveitamento racional do solo, com a rotação de culturas nas áreas plantadas com cana-de-açúcar, após o último corte e o replantio, o que se dá entre os meses de setembro e março, visto que o solo permanecia ocioso nesse período.
Levando-se em conta de que, hoje, as oito usinas de álcool localizadas num raio de 100 quilômetros da sede do Município de Nanuque necessitam de cerca de 75 mil hectares de cana no total, e como são renovados normalmente 20% dessa área a cada ano, temos aproximadamente 15 mil hectares disponíveis, com a renovação dos canaviais, para o cultivo da soja, o que já vem sendo desenvolvido em muitas propriedades.
Tecnicamente, está comprovado de que o tipo de solo e as condições climáticas da região favorecem o incremento dessa nova cultura.
HIDRELÉTRICA – O Aproveitamento Hidrelétrica de Santa Clara, no Rio Mucuri, formou um lago de 18 Km de extensão. Segundo especialistas, Nanuque possui uma das melhores condições para o desenvolvimento da piscicultura no Estado. Um novo potencial – a irrigação – desponta, em função do grande volume de água armazenado e de sua qualidade (baixa salinidade).
A usina Hidrelétrica tem capacidade instalada para geração de 60 megaWatts de energia, o suficiente para atender uma população em torno de 250 mil habitantes, de perfil econômico centrado na industrialização e serviços.
EUCALIPTO – Neste início de século, duas novas atividades agrícolas foram implantadas no Município: o plantio do eucalipto, destinado às indústrias de celulose e papel que cultivam florestas em grandes extensões de terra na região, e a cultura do mamão, fruto cada vez mais apreciado no Brasil e no exterior. As terras pertencentes ao Município de Nanuque integram a área de atuação de empresas produtoras de celulose e papel, como a Aracruz (ES) e a Suzano Bahia Sul (BA), esta última no vizinho município de Mucuri.
O chamado “efeito em cadeia”, que toda concentração industrial apresenta, tem atraído inúmeros outros empreendimentos de pequeno, médio e grande portes para a região, como o recém-instalado núcleo da Aracruz Produtos de Madeira, embrião de um pólo moveleiro que começa a se formar na localidade de Posto da Mata (município de Nova Viçosa – BA), a 55 Km de Nanuque, a partir do aproveitamento de florestas cultiváveis. A unidade de produção já adota tecnologia de Primeiro Mundo.
A cidade projeta-se além de sua microrregião, apresentando novos potenciais de desenvolvimento. Mas é preciso que as pessoas que aqui residem possam compartilhar afetivamente desse crescimento. Não faz sentido que profissionais de outras regiões venham para cá, magnetizados por esse momento, sugar o néctar do mercado de trabalho, em detrimento dos que aqui vivem, e que sempre buscaram essa oportunidade.

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